Primeira parte da entrevista
Perguntas óbvias e respostas repetidas. Foi assim a entrevista do presidente Lula, candidato à reeleição, a William Bonner e Fátima Bernardes, na edição desta quinta-feira do Jornal Nacional. "Onde o senhor errou?", "quem o traiu?", "como fica a ética do PT após o mensalão?" e outras tantas questões já feitas ao petista dezenas de vezes tomaram 10 dos 12 minutos da conversa, realizada no Palácio da Alvorada, em Brasília.
Acostumado a respondê-las, Lula repetiu o mesmo discurso — "não sabia de nada" e "mandei investigar" —, mantendo a tranqüilidade. Visivelmente cansado, o presidente cometeu seus habituais erros de português e trocou palavras, soltando frases como "defendo o combate à ética" e "a única coisa que cai é o salário".
Quanto ao desempenho de Bonner e Fátima, enquanto ela se manteve apagada, ele seguiu uma estratégia no mínimo equivocada: fazer perguntas longuíssimas, o que diminuiu o tempo de fala do entrevistado. Somando a duração de apenas três das 11 intervenções do apresentador, chega-se a 2m30s, um número expressivo diante dos 12 de entrevista.
Segunda parte da entrevista
Bonner ainda foi corrigido por Lula por declarar que "antes de se tornar presidente, [o petista] cobrava punição para quem quer que aparecesse diante de uma câmera de televisão suspeito de alguma coisa, mesmo que as culpas não tivessem sido provadas ainda". "Primeiro, você deve estar falando de outra pessoa", retrucou o candidato.
Mesmo após o fim da entrevista, o "casal Jornal Nacional" cometeu erros. Sem o teleprompter (equipamento instalado na câmera que reproduz o texto a ser lido pelos âncoras), Bonner e Fátima gaguejaram, falaram ao mesmo tempo e, pior, reconheceram que as entrevistas comandadas por eles não tocaram em temas centrais para a população. "No Bom Dia Brasil, os candidatos poderão falar sobre educação, saúde, economia, que não foram abordados nessas entrevistas", afirmou Fátima.
Ou seja, os apresentadores confirmaram que a intenção da série não era esclarecer os eleitores, mas sim provocar os candidatos.
Veja nos posts anteriores os vídeos e os comentários das entrevistas de Geraldo Alckmin, Heloísa Helena e Cristovam Buarque ao Jornal Nacional. A equipe do Tevê Aberta esclarece que critica as entrevistas (o desempenho dos entrevistadores e dos entrevistados), e não a ideologia política dos candidatos.
14 comentários:
foi no minimo desastrosa a articulação do apedeuta
mas pra mim soou como se ele ja soubesse tudo o q seria perguntado...
Por favor, gostaria de ver a 2ª parte da entrevista.
Muito obrigado.
"O combate à ética consiste em você permitir que as instituições faça as investigações..."
"Você sabe perfeitamente bem..."
"...as pessoas que foram indiciadas por ele vá ao STF..."
"...se eles cometeu um erro..."
Fiquei sem paciência de observar mais erros.
Dá-lhe Lulasno!
"...Que o Brail Cresce as exportações, cresce o emprego cresce a economia. A unica coisa que cai é o salario, a inflação e os juros"!
Cresce tambem mais um grande mico do nosso presidente...
ah...mais uma coisa:
para adicionar aos favoritos é Control+D e não Control+C...
Não entendi: é fofoca ou informativo? Candidato ou carta p/ ator da globo? Decida-se.
Outra coisa: por que chamar o Alckmin de chuchu? Não entendo pq as pessoas insistem neste termo pejorativo...sabe, chame de incompetente, de ignorante, de mercenário e afins. Pouco importa a aparência da pessoa, o importante é o caráter. Chuchu(sem-graça) é chamar de chuchu. Vamos criticar de maneira mais inteligente, e não é só você...são todos aqueles que o chamam assim.
Espero que tome as palavras como positivas e reflexivas. Até.
Gioconda,
leia com atenção o subtítulo do Tevê Aberta e o postscript da nota sobre a entrevista de Lula ao Jornal Nacional. Eles dizem: este blog trata da tevê aberta brasileira (o que inclui carta para ator da globo) e não de política. Se quiser saber mais sobre os candidatos, sugerimos que procure o blog do Fernando Rodrigues, hospedado pelo Uol. Sobre os Favoritos, no Firefox se adiciona uma página teclando Ctrl+C. Para evitar confusão, o atalho foi retirado. E quanto ao Alckmin, o próprio candidato reconhece o apelido (inclusive faz disso um slogan, prometendo dar "emprego para chuchu"). Obrigado pela sua visita e comentário.
Da-lhe LULA!!!
SUCESSO!!!!
Chamar o PRESIDENTE de "candidato"?!?
Pra mim é só mais uma evidência de que a intenção era mesmo só provocação. O tom cínico do Bonner já faz metade do trabalho.
onde eu posso fazer o download dessas entrevistas?
Adorei o blog!! Parabéns!!
LULA NÃO FOI ENTREVISTADO.
FOI INQUIRIDO.
O CRIME DO PT FOI TENTAR DENUNCIAR O LADRÃO, NÉ?
é engraçado tantos professores ortográficos de plantão, Igor deixe pra usar seus conhecimentos ortográficos em momentos propícios.
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