quarta-feira, junho 04, 2008

Na estréia, suspense de A Favorita não vinga

Diz o autor de A Favorita, João Emanuel Carneiro [foto abaixo], que sua novela não tem vilã nem mocinha pré-definidas e caberá ao público descobrir entre as rivais Flora (Patrícia Pillar) e Donatela (Cláudia Raia) quem fala a verdade. Ele próprio mente. Divulgou uma sinopse truncada na intenção de divulgar a trama ou vem dando pistas falsas para os espectadores.

Explica-se: nos dois primeiros capítulos, o que se viu foram duas personagens com personalidade completamente definida. Donatela é a típica vilã — apareceu chantageando, ameaçando, destratando funcionários, pagando pessoas para prejudicarem sua concorrente. Flora, por sua vez, é a típica mocinha — foi mostrada como sofredora em busca de justiça, doce, delicada.

No decorrer da novela, as características de ambas podem mudar. Mas quem acreditará numa mocinha que lança mão de recursos anti-éticos para conseguir o que quer? E numa vilã que não ataca com golpes baixos? Se o objetivo de João Emanuel era deixar os espectadores em dúvida, falhou.

A falha, no entanto, não compromete a trama em si, e sim sua campanha de divulgação. Dúvida sobre vilã e mocinha à parte, A Favorita tem um enredo diferente de suas antecessoras, o que traz alívio para o público de novelas. Em vez de disputarem o amor de um homem, como manda a tradição do gênero, Flora e Donatela se enfrentarão para provar que falam a verdade.

Em dois capítulos, Patrícia Pillar já conseguiu conquistar. Fugiu do estereótipo de vítima que chora todo o tempo a ponto de irritar os espectadores. Glória Menezes e Milton Gonçalves são outros destaques. Cláudia Raia, ao contrário, trilhou o caminho mais fácil e parece estar interpretando a personagem de sempre: ela mesma.

1 comentários:

Anônimo disse...

A Cláudia Raia está mesmo péssima, fazendo o mesmo papel de sempre, perua. Outras que continuam iguais são a Elizângela e a Thais Araújo.