O Tevê Aberta estranhou a concordância das perguntas do Jogo dos 10, quadro do Domingão do Faustão, o professor de português Pasquale Cipro Neto também. Procurado pela produção do programa, o especialista pesquisou e afirmou que está correto tanto dizer "a porcentagem de brasileiros que viu" quanto "a porcentagem de brasileiros que viram". O professor não explicou a regra, mas manuais de redação de grandes jornais apontam que é preferível usar o plural, diferentemente do que tem feito o Domingão.

4 comentários:

Anônimo disse...

oi,adicionei seu link (queijohumor.blogspot.com)

a algum tempo

se puder add o meu

Queijo Humor!

Anônimo disse...

Mas é óbvio... é um percentual (de brasileiros) que viu. Se pusermos no plural é que fica errado: um percentual viram. Argh... até machuca os ouvidos! A Globo erra muito nesse aspecto (entenda-se JN) e peca ao colocar acento onde antes havia diferencial entre pégo e pêgo: eles acham que é tudo pégo. Fulano foi pégo com dólares falsos. Hoje nem existe mais o acento diferencial mas para quem sabe, pingo é letra, né?

Fubx disse...

ooooooooopa!!! olhaê!!! hehehehe!
bem que eu desconfiei, né não?

bem, dessa vez a globo acertou, mas é só ler umas notícias no G1 que compensa! rs

abraços!

Anônimo disse...

Seu raciocínio estava errado, por isso você achou que a concordância estava errada. Você escreveu: "Afinal, a porcentagem nunca poderia contratar ninguém." Isso é um raciocínio equivocado. Não se estuda sintaxe baseado na possibilidade ou não de um sujeito praticar um ação. Se fôssemos pensar pelo seu ponto de vista, não poderíamos escrever coisas como "o mercado está contratando profissionais qualificados", afinal, o mercado não contrata ninguém, quem contrata são os patrões.

O sujeito da oração "que contratariam" é o "que", que substitui o sintagma nominal "porcentagem de brasileiros". A partir daí, verificamos qual é o núcleo do sintagma nominal "porcentagem de brasileiros". Ora, o núcleo só pode ser "porcentagem", por uma razão simples: não posso ter um núcleo de sintagma nominal introduzido por preposição, caso do "de brasileiros".

Posto isso, verifica-se: "porcentagem" é singular ou plural? Singular. Portanto, se eu tenho apenas um núcleo do sujeito e ele é singular, o meu verbo deve concordar e ser conjugado na terceira pessoa do singular, como foi o caso.

A construção é absolutamente correta e preferível GRAMATICALMENTE. Contudo, estilisticamente, a concordância com o plural é válida e bastante comum, porque enfatiza o complemento nominal "de brasileiros". Mas aí é um recurso estilístico, não é norma gramatical. Esse recurso se chama SILEPSE e se trata justamente de "errar", propositadamente, na concordância, a fim de enfatizar ou atribuir um sentido diferenciado a seu enunciado. Assim, em vez de concordar com o núcleo do sujeito, eu concordo com outro termo que eu quero enfatizar - no caso, "brsileiros".

Conclusão: você não está errado ao preferir a concordância "que contratariam", mas fique ciente de que essa não é a concordância padrão, e sim uma silepse de pessoa - totalmente válida, é claro.

Abraço e parabéns pelo blog!