Tom Jobim canta Garota de Ipanema com Frank Sinatra

O especial Tom Jobim: Eu Sei que Vou Te Amar, exibido ontem à noite pela Globo, provavelmente pretendia apenas prestar uma homenagem ao compositor de clássicos como Águas de Março e Sabiá — que completaria 80 anos na quinta-feira passada — mas conseguiu ir além do que se propôs. Reunindo participações do maestro em programas da emissora, a atração indiretamente homenageou uma época em que a tevê aberta brasileira abria espaço em sua programação para os grandes nomes da MPB, hoje afastados da telinha.

Chico Buarque, Dorival Caymmi, Maria Bethânia e Gal Costa foram, aos poucos, sendo substituídos por "chitãozinhos & xororós", "tchans", "calypsos" e "calcinhas pretas". Tudo com a desculpa de que estes são pop (e dão audiência), enquanto aqueles são cult. Programas como Ensaio (Cultura) e Grandes Nomes (Globo) sumiram das grades. Os canais deixaram de produzir este tipo de atração e, agora, se resumem a exibir DVDs de artistas.

Aos grandes — estes, sim, imortais como Tom — caberia ainda aparecer em domingos não tão legais, ou seja, nos programas de auditório. Mas que "marisa monte" se disporia a ser interrompida ao cantar por um apresentador incoveniente ou esperar horas para entrar no ar por conta da boa audiência de um "se vira nos 30"? Algo anda errado quando representantes da boa música do país somem da tevê...

1 comentários:

Anônimo disse...

Oi, meu nome é Tuca Coelho, e fiquei encantado com este seu post. Me deu saudades tb, mas fico ainda mais saudoso quando percebo que os mestres da música brasileira desistiram da tv. E q eles se sentem mal nela, contrangido, ou seja , está acabando a esperança de q a gente possa ver boa musica na tv. Serginho Groismann q podia ser uma alternativa, acaba cada vez mais bancando o "paga-pau roqueirinho" e esquece da sua função qualitativa.