sexta-feira, maio 16, 2008

Supernanny: realidade levada a sério

Há quem pense que os participantes do Big Brother estão sujeitos ao nível máximo de exposição — por dormirem, acordarem, tomarem banho, irem ao banheiro, conversarem e namorarem diante de dezenas de câmeras. Mas até nesse reality show é possível escolher o que revelar e o que esconder.

Diante das poucas câmeras de outro, o Supernanny, isso torna-se impossível. Na edição de amanhã, por exemplo, uma criança de quatro anos irá agredir a babá que dá nome à atração.

Apesar de não se propor a mostrar sonos, banhos, amassos, o programa invade ao extremo a intimidade de seus participantes. Quando aceitam abrir suas casas na tentativa de solucionar uma situação-limite, os personagens aceitam também dividir com milhões de espectadores todos seus erros, conflitos, dramas.

E ficamos diante da tela assistindo a pais que não sabem lidar com seus proprios filhos. A dor de pertencer a uma família desestruturada muitas vezes não é verbalizada, mas as imagens conseguem captar os olhos tristes da mãe, a postura retraída do filho, a indiferença do pai.

Supernanny pouco serve para ensinar métodos de educação, mas proporciona um processo de catarse nas familias com problemas semelhantes. O programa acerta por combinar sensibilidade com exposição e, sobretudo, por ser fiel a produto dos reality shows, sem recorrer a artificialismos como Troca de Familia e Simple Life.

1 comentários:

Anônimo disse...

Olá parceiro, o blog "Espinhaço da Jumenta" resolveu destruir tudo que já havia sido feito, zerou a cronologia, e recomeçou totalmente reformulado, de cara nova, tornando-se um blog bem mais estruturado e aberto a novas parcerias. Um abraço.