"A tevê digital não muda nada". Esta é a avaliação de um dos mais importantes "homens de televisão" brasileiros, o ex-todo-poderoso da Globo José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni. Para ele, o impacto da tevê digital será menor do que o da tevê a cores, contrariando a opinião da maior parte dos especialistas.

Boni sequer acredita em benefícios como mobilidade e interatividade. Sobre o primeiro, diz que "celular não recebe televisão" e, portanto, "será um aparelho misto ou um televisor portátil". Quanto ao segundo, lembra que "só vai ter interatividade quem tiver a televisão conectada a uma linha telefônica".

Atualmente à frente do canal Vanguarda (do qual é proprietário), afiliada da Globo na região de São José dos Campos, Boni elogia a adoção do padrão japonês de tevê digital, mas ressalva que ele "inibe o crescimento de novas redes e favorece os atuais concessionários". Segundo ele, a televisão brasileira precisa ser reformulada, por meio da criação de canais regionais.

Com informações do colunista Daniel Castro (Folha de São Paulo)

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